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Aqui deixo pedaços de mim. Mulher caótica em estado critico que sobrevive à custa de esforço do impulso que vem ñ sei de onde mas me impulsiona a continuar...
Vou disparatar, apetece-me disparatar.
Ñ tenho que aprender a viver. É disso que se trata. Reaprender.
As pessoas distinguem-se pela capacidade que tem de superar os reveses da vida.
Veio tudo à lembrança. Anos solitários, silenciosos e sofridos no IPO de Coimbra.
Anos depois minha mãe morre lá aquando a minha visita. Parecia que estava à minha espera.
Sorriu e "foi-se". Fugi de lá esbaforida. Chorei caminhando feito louca, chovia. Lembro bem.
O vento fustigava. O que na altura soube bem, a chuva e o vento no rosto.
Ñ tenho medo da morte mas da dor, do sofrimento tenho muito.
As lágrimas teimam em cair pelas faces transpiradas da ansiedade. A voz embarga-se,
a visão tolda-se neblulando a vista, quero falar, trabalhar, atender o cliente...
Ah! a lembrança da dor volta ao toque da lembrança de um passado recente.
Será que passarei tudo de novo?Nariz quer pingar, relembro, será? será?
A minha repiração acelarada mostra que ñ estou bem. Seis meses.
Vão ser longos. Irão ser longos?
Quantas dores se escondem por entre os rostos silenciosos que vemos?
Serão longos?
A minha tolerância irá diminuir se ñ e conseguir abstrair. Tinha traçado uma rota.
Ñ quero sair dela...
Fui de novo fazer o exame.
Será que vou novamente a frequentar a oncologia?
Tantos anos lá pensei que me tinha livrado disso. Vamos a ver.Queria esquecer...
Ñ me mostrei preocupada, m\ colega estava em pânico, ser hipocondriaca deve ser horrivel.
Afinal ela estava bem e eu... fui parar no doutor. E vai de fazer mais exames à mama.
O exame já devia ter sido feito à mais tempo...sou uma relaxada com a saude. Detesto, parece
que me sufoca.
Ñ vou contar a ninguem, para isso serve o blog, dizer o que ñ pretendo que mais ninguem saiba.
Só daqui a seis meses saberei se evoluiu. Ñ pretencia fazer mais nenhuma operação.
Ah! Esta ansiedade terrivel faz-me apetecer muito café.
Os silêncios são gritos que me enlouquecem a alma
De ti, sim.
Essa pessoa desconhecida que não conheço. Que me ajuda a clarificar a mente.
A tua voz já me é familiar, teu carinho diário é o meu conforto para as dores e ansiedades milenares.
Sinto a tua mão na minha alma dorida de saudades.
Refunde o meu coração num assombroso aconchego reconfortante.
O relógio bate as badaladas e o meu pensamento corre a mil. Penso, já não estou só.
Tu acompanhas-me no desconhecido.
Aguardo tuas sms enquanto teclo nas pesquisas cotidianas do trabalho. Amizade é será sempre um amparo fundamental
Os meus olhos brilham quando a luz do meu telemovel pisca avisando nova chegada. Reflicto.
Gostaria de ser uma pessoa igual às outras, e interrogo-me. Como é ser igual aos outros?
Ñ terão eles tb inquitações, dores e sofrimentos? Preencho o meu tempo com o trabalho tento esquecer as inquitações da alma.
Bebo agua em grande golfadas como quem tenta adormecer ao suas dores.Seus receios.
Serei uma pessoa singular? Aquele ser que pouco viveu e não amadureceu por falta de vivência?
A luz branca e agressiva do trabalho fere os meus olhos cansados de um sono intraquilo... amanhã é novo dia
Existe altura em que o grito interior se faz urgente. Emerge uma necessidade que preencha o vazio interior de uma alma que se sente à deriva neste mundo onde o saber viver é o mais difícil